Saúde na Escola, um undo a se intervir
O enfermeiro é um educador em potencial e como diz Paulo Freire no livro, Pedagogia da Autonomia “a educação é uma forma de intervenção no mundo” (FREIRE, 1998 p. XXX). Por sua vez, intervenção é um dos termos que acompanha a lógica do trabalho do profissional de enfermagem, sendo assim, intervir e educar são ações que facilmente podem ser desenvolvidas pelo enfermeiro. Mas a que mundo podemos nos referir? De maneira ampla, quando se trata de ações de saúde, estas devem partir do pressuposto de que o sujeito alvo deve ser alcançado nos mais diferentes cenários que ele atua o que inclui entre outros, o trabalho, a escola e o domicílio.
Por outro lado, a Constituição Federal/88 estabelece no artigo 196 que saúde é um direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços para promoção, prevenção e recuperação (VOIVODIC et al, 2010).
Desta forma o Estado tem por dever traçar Políticas de Saúde que alcancem a população e garanta o que lhe é por direito. Nessa perspectiva, conta-se desde a Estratégia de Saúde da Família (ESF), como porta de entrada ao serviço, sendo esta conceituada uma estratégia que prioriza ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família, do recém-nascido ao idoso, sadios ou doentes de forma integral e contínua, até as instituições hospitalares que dão assistência direta ao individuo dentro do processo saúde/doença (BRASIL, 2001).
Dentro deste contexto, o hospital é definido como um estabelecimento de saúde parte de uma organização médica e social, constituído por meios tecnológicos avançados, que visa a assistência a saúde de pessoas doentes durante 24 horas por dia, de forma integral, podendo esta ser curativa e preventiva, sob regime de internação ou ambulatorial, estendendo-se também ao atendimento domiciliar. Acrescenta-se ainda como atividade, o