SAÚDE MASCULINA
O trabalho apresentado pelo artigo estudado para a atividade proposta pela professora, teve como objetivo identificar as representações sociais de saúde e de doença , bem como os principais motivos para procura por assistência médica, entre homens jovens (idade entre 18 e 25 anos).
Notou-se que o conjunto de representações e práticas que configuram o chamado modelo hegemônico de masculinidade favorece o descuido com a saúde e o aumento dos riscos à mesma. Considera-se como masculinidade hegemônica um conjunto recorrente de elementos articulados(crenças, atitudes, práticas) que servem de referência para a definição do que é ser homem em um determinado contexto, no nosso caso, nas sociedades ocidentais contemporâneas. Considerando-se que há variações relacionadas a diferentes inserções socioeconômicas e étnicas, força, controle, resistência, virilidade, heterossexualidade, atividade e provimento financeiro e moral têm sido elementos que com frequência são identificados como associados ao que é “ser homem” nas sociedades ocidentais contemporâneas.
Em meio aos vínculos identificados entre o modelo hegemônico de masculinidade e as práticas de saúde, podemos citar: a) o receio relatado pelos homens de que a procura por assistência médica possa ser vista como fraqueza e vulnerabilidade; b) a associação tradicional entre auto-cuidado e feminilidade; c) a reiterada justificativa, por parte dos homens, de postergar o cuidado com a própria saúde pela falta de tempo devida às exigências da rotina de trabalho; d) a percepção de invulnerabilidade do corpo masculino; e) a avaliação, por parte dos homens, de que os serviços de saúde são espaços tipicamente femininos); f) como afirma Korin (2001): “os homens sentem-se incomodados com a situação passiva e dependente do papel de doente e isto contribui para que ignorem sinais de alarme” (p. 72).
A partir do método usado (entrevista) para pesquisa