Saúde do trabalhador
Na atual condição de globalização, a competitividade gerada na busca de novos mercados visando ao crescimento da produtividade e, conseqüentemente, dos lucros, implica a redefinição dos processos produtivos e novas formas de organização do trabalho. Como conseqüência dessa estruturação ocorrem o desemprego, a rotatividade da força de trabalho, a introdução de processos perigosos e o aumento da terceirização e do trabalho informal.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a globalização é um fator que pode contribuir para o aumento da incidência de doenças e acidentes de trabalho. As mesmas organizações relatam ainda que as doenças e os acidentes relacionados ao trabalho matam, anualmente, 1,1 milhão de pessoas em todo o mundo(1-2).
Este modelo de intervenção médica, centrado na prevenção de doenças específicas e na avaliação da aptidão dos trabalhadores para o trabalho, denomina-se Medicina do Trabalho e é orientado para grupos de trabalhadores expostos a riscos específicos no exercício da sua profissão. No início dos anos oitenta a Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs uma nova definição de saúde como o “equilíbrio dinâmico entre o homem e o seu ambiente, um estado de completo bem-estar físico, mental e social que procura assegurar o pleno desenvolvimento das capacidades do ser humano”. Esta proposta da OMS e a posterior integração de Portugal na (então CEE) União Europeia, vieram a tornar-se factores para a institucionalização da Saúde Ocupacional em algumas empresas: a confluência de vontades nessas empresas, participando num sistema de intervenção integrado e multidisciplinar, incluindo elementos da: - Medicina do Trabalho e Enfermagem do Trabalho - Segurança do Trabalho - Higiene do Trabalho, assim como de outras importantes valências: A Ergonomia e a Psicossociologia. A Saúde Ocupacional, insere-se no vasto âmbito da Saúde Pública, congregando a prática de