Saúde do Homem
Nas sociedades em que se atribui poder, sucesso e força ao ser masculino, os homens podem se distanciar das características consideradas do ser feminino, tais como a sensibilidade, o cuidado, a dependência e a fragilidade. Essas diferenças culturalmente atribuídas podem fazer com que homens se predisponham a doenças, lesões e mortes (Schraiber, Gomes & Couto, 2005).
Com frequência isso resulta em condutas compensadoras, disfuncionais, agressivas e de risco, que predispõe os homens a doenças, lesões e morte, inclusive propiciando lesões graves nas pessoas que os rodeiam. (Korin, 2001:71)
De acordo com Gomes (2008), estudos que abordam a temática “homens – saúde” conclui que, em geral os homens vivem mais do que as mulheres em condições severas e crônicas de saúde, e morrem mais do que elas pelas principais causas de morte (Courtenay, 2000; Luck, Bamford & Williamson, 2000; Schraiber, Gomes & Couto, 2005). Gomes diz que homicídios e acidentes de transportes são considerados como as principais causas externas de mortes masculinas. Ele cita Souza (2005), onde a autora observa que tais causas podem se articular com dois grandes símbolos masculinos: as armas e os carros. Com base nesse raciocínio conclui:
Os carros simbolizam poder de locomoção, velocidade, liberdade e status social, que são signos de sucesso e de sedução. As armas têm o poder de submeter o outro a seus desejos e interesses, o poder de vida ou morte. Esses objetos são introduzidos desde cedo na vida do menino, na forma de brinquedos, e passam a fazer parte do universo masculino com todos os simbolismos que possuem no contexto capitalista ocidental contemporâneo. (Souza, 2005:65)
Segundo Gomes (2008), a expressão “sexualidade masculina” pode indicar, em algumas áreas da saúde, muito mais questões relacionadas á doença do que saúde propriamente dita. Falar dela pode significar falar de impotência, disfunção erétil, infertilidade, problemas de próstata, DST e outros