Saúde da criança na atenção básica
A Atenção à Saúde da Criança representa um marco, ao propor o atendimento a saúde infantil no contexto da integridade do cuidado, e a sua adoção é um passo importante para o reconhecimento dos direitos da criança. No Sistema de Saúde Brasileiro, á Politica de Atenção a Criança sempre esteve interligada a saúde materna, definida como politica de saúde Materno Infantil. A visão da criança como ser em permanente desenvolvimento foi resultado de um longo processo que envolveu transformações na organização social. Os cuidados básicos em saúde apresentam relevância como possibilidade para o enfrentamento dos problemas de morbidade, mortalidade e qualidade de vida da população infantil. Na década de 80, em uma ação coordenada entre o governo federal, as secretarias estaduais e municipais de saúde e o Ministério da Saúde, foi elaborado o Programa de Atenção Integral a Saúde da Criança (PAISC), por meio de cinco ações básicas: Aleitamento Materno, Orientação Alimentar para o desmame, Imunização e Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento. Com esse programa, o Ministério da Saúde marcou uma diretriz politica para expansão e consolidação da rede de serviços básicos, utilizando a estratégia da assistência integral. Em 1986, ampliam-se investimentos na saúde para promover a organização da atenção primária nos municípios brasileiros. Para tanto, o MS definiu o PACS e o PSF como potencializadores para vigilância da saúde infantil, com destaque para o cartão da criança, como instrumento de monitoramento do crescimento e desenvolvimento. Nas décadas de 80 e 90, programas buscavam oferecer atendimento mais qualitativo e efetivo à criança. Destacam-se o PAISC, PSF, a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso (método canguru), Projeto Acolhimento mãee bebê, o Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno e a AIDPI. Apesar de todos esforços e avanços ainda existem problemas que precisam de