Na idade média, um período que abrange desde a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) até a queda de Constantinopla, no Império do Oriente (1453 d.C.), desenvolveu-se uma importante forma de educação, conhecida como educação monástica. Embora esse período da humanidade seja conhecido como infrutífero e obscuro em relação à ciência e ao saber, as escolas monacais destacaram-se como um depósito de sabedoria e núcleo do conhecimento da época. Os mosteiros regidos por regras elaboradas por São Bento (480-547), fundador da ordem dos beneditinos e São Basílico, que no Oriente já determinava regras semelhantes, orientavam os Monges numa vida voltada para o trabalho, que poderia ser manual ou literário, leitura e espiritualidade. Esse modelo de vida trouxe benefícios para toda sociedade de então, entre os principais encontram-se a cópia e conservação dos livros, e a formação de um ambiente favorável ao estudo e à reflexão. Devido à dedicação dos monges e sua disciplina nos trabalhos desenvolvidos dentro dos mosteiros, refletiu em vários benefícios para sociedade que os circuncidava. Para Monroe (1968) a educação monacal nesse sentido era essencialmente social, servindo de modelo para sociedade medieval, nos trabalhos de agricultura, artífices de madeira, metal, couro, tecidos e arquitetura. Estimulando dessa forma o comércio entre a classe mercantil. Ofereceram ajuda e asilo as pessoas carentes, melhoraram a condição de vida nas comunidades onde estavam inseridos, drenando pântanos, melhorando a saúde e a vida pública.
Além dos benefícios gerados pelos trabalhos manuais desenvolvidos pelos monges, que serviram de exemplo e inspiram muitas civilizações e até organizações nos dias atuais, quanto à conduta e disciplina exercida dentro dos mosteiros;