Sao bernardo
O Autor
Ao contrário de outros romancistas de 30, Graciliano Ramos jamais teve qualquer nostalgia do universo em derrocada das velhas oligarquias rurais. Analisou a realidade de onde procedia com aspereza, mesmo sendo descendente, tanto pelo lado materno como pelo paterno, de senhores latifundiários. Isso se deve, provavelmente, à clareza de suas ideias. E também a experiências infantis frustrantes dentro da sociedade patriarcalista que aguçaram-lhe a sensibilidade para as misérias de um sistema injusto e apodrecido
S. Bernardo é um romance escrito por Graciliano Ramos publicado em 1934 e situado na segunda etapa do modernismo brasileiro.
Enredo
Paulo Honório não sabia muito de seus pais nem de sua infância. Lembrava-se apenas de uma Margarida que vendia doces, a quem agora ele sustentava. Até os 18 anos trabalhou na enxada.
Depois de um tempo, cansado da antiga vida, resolveu morar na sua terra natal, Alagoas, já tencionando apropriar-se de São Bernardo.
Quando o velho Padilha [ dono das terras ] morreu, Paulo criou laços de amizade com seu filho Luís, logo emprestando-lhe dinheiro, tendo como garantia as terras. Paulo acabou por tomar-lhe São Bernardo com escritura e tudo o mais. No ano seguinte, Paulo teve que trabalhar muito.
Em uma de suas viagens a Maceió, encontrou um velho simpático chamado Ribeiro, guarda-livros da Gazeta. Resolveu levá-lo para a fazenda, já que a casa nova estava pronta.
Durante todo o tempo foi superando todos os obstáculos com meios lícitos e ilícitos.
Tudo começou a funcionar como Paulo queria e ele se tornava cada vez mais importante e respeitado. Alguns o criticavam, alegando que desejava possuir o mundo todo.
Paulo Honório mandou construir uma estrada, uma escola e uma igreja. Recebeu visita até do Governador. Depois mandou chamar Luís Padilha para ser professor na escola.
Uma ideia perseguia Paulo: a de se casar. Desejava um herdeiro para sua fazenda.
Numa noite, foi visitar o juiz Dr.