santos dumont
Santos Dumont e a profecia
José Passini passinijose@yahoo.com.br
A manifestação de espíritos através de pessoas que dispõem da faculdade de intermediá-la é conhecida no mundo desde tempos remotíssimos. Para não irmos mais longe, analisemos a atuação dessas pessoas entre os Judeus. Esse povo as conhecia por nebi-in, palavra que, ao serem os textos hebraicos traduzidos em Grego, receberam o nome de profetas. Os profetas exerceram enorme influência naquele povo, mantendo-o unido, em torno do conhecimento da existência do Deus Único, além de manterem acesa a chama da certeza da vinda do Messias.
Os profetas fizeram sentir a sua presença entre o povo e os reis de Israel por séculos a fio. Existiram os profetas maiores e os menores; aqueles que se notabilizaram pela sua atuação junto aos reis, exortando-os, admoestando-os, orientando-os, e outros, que viviam mais em contato com o povo, como Ágabo, que foi o instrumento de um aviso sobre uma grande fome em todo o mundo, no tempo de Cláudio César (Atos, 11: 27-28). Esse mesmo profeta predisse a prisão de Paulo, pelos Judeus e sua entrega aos gentios (Atos, 21: 10-11). A palavra dos profetas era lembrada constantemente, conforme se verifica no que diz Pedro, referindo-se ao profeta Joel: “... e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos.” (Atos, 2: 17).
Era tão natural o exercício do profetismo entre os Judeus, que Paulo recomendou o desenvolvimento da faculdade de profetizar: “Segui a caridade, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.” (I Cor, 14: 1). A atuação dos profetas era tão comum, que Paulo fez uma série de recomendações, no sentido de que fossem observados determinados princípios norteadores do exercício do