Santo agostinho

Introdução.

No processo de desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo em geral. A igreja católica sabia que esses preceitos não podiam simplesmente ser impostos pela força. Tinham de ser apresentados de maneira convincente, mediante um trabalho de pregação e conquista espiritual.
Foi assim que os primeiros padres da Igreja empenharam-se na elaboração de diversos textos sobre a fé e a revelação cristãs. O conjunto desses textos ficou conhecido como pratística, por terem sido escritos principalmente por esses grandes padres da Igreja.
Uma das principais corrente da filosofia patrística, inspirada na filosofia greco-romana, tentou munir a fé de argumentos racionais, ou seja, buscou um conciliação entre o cristianismo e o pensamento pagão. Seu principal expoente foi Agostinho, posteriormente consagrado santo pela Igreja Católica.
É comum associar santos a homens que só conseguiam ver o mundo como lugar de perdição. Mas há pelo menos um exemplo que destoa dessa visão que é Santo Agostinho.
Quem explica de forma coerente tudo isso é Cristiane Negreiros Abbud Ayoub ( Doutorada em Filosofia na FFLCH-USP), quando diz que Agostinho acreditava que refletir sobre o mundo dos homens também era uma forma de encontrar o caminho capaz de levar à verdade e à felicidade.
Prova disso seria o fato de que mesmo pessoas cruéis e mentirosas buscam a própria satisfação e não querem ser enganadas. Por que a vontade de verdade e felicidade nos motiva em todas as nossas atividades. De onde vem esse anseio? Como será saciado? Por que não gostamos de ser iludidos? Ou seja, qual é a natureza dele?
Podemos encontrar estas respostas quando observamos atentamente as obras de Agostinho, sendo que em uma ele deixa claro que o homem foi feito por Deus com um coração inquieto, cuja satisfação se encontra somente em Deus. Enquanto sua inquietude não for apaziguada, ele viverá insatisfeito e buscando algo, aprisionado a uma