Salão de Iniciação Científica - UFRGS - Isolamento de microrganismos metanogênicos a partir de meios residuais de curtumes

923 palavras 4 páginas
Isolamento de microrganismos metanogênicos a partir de meios residuais de curtumes
W. L. D. NETO1, M. GUTTERRES1
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Química

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Química | Wolmir Lourenço Duarte Neto

Etapas

Introdução
O setor coureiro do Brasil é composto por mais de 300 plantas curtidoras, por 120 fábricas de máquinas de equipamentos e por
2800 indústrias de componentes para couro.
Além disso, processou cerca de 90 milhões de peles entre os anos de 2012 e 2014. Desta forma, o setor gera 42 mil empregos diretos e movimenta cerca de US$ 3,5 bilhões por ano.
Em detrimento desse desempenho econômico fundamental para certas regiões do país – como o Vale dos Sinos no Rio
Grande do Sul -, há um viés considerável: questões ambientais relacionadas às grandes quantidades de resíduos gerados no processo de curtimento, seja na forma de efluentes líquidos – que tem recebido mais atenção da comunidade científica -, seja na forma de resíduos sólidos – que foram objetos do nossos estudos para proporcionar sua biodegradação através de procariotos anaeróbios que, valendo-se da decomposição do material, produziram biogás, valiosa fonte renovável de energia.
Para cada pele processada em curtume temse, em média, 12kg de lodo residual com diferentes características, relacionadas, sobretudo, ao tipo da pele, à tecnologia no processamento e ao sistema empregado na estação de tratamento de efluente (ETE). A utilização de sais de cromo como agente curtente implica em um alto teor de cromo nos resíduos, que, por sua vez, impede seu uso direto como fertilizante, de modo que o destino convencional de tais subprodutos seja a incineração ou a disposição final em aterros comuns – práticas que não resolvem o problema do descarte residual de forma ambientalmente aceitável.
O local de disposição final dos lodos de
ETEs é, comumente, aterros de resíduos industriais perigosos (ARIPs), os quais

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