Sagado e profano
Para o homem religioso o tempo é continuo, ele se separa em tempos litúrgicos, ou seja, tempos de festas cristãs , assim como a Páscoa e o Natal, dois feriados importantes no calendário cristão. Já os não religiosos o tempo é monótono, só se preocupa com o tempo de trabalho.
Para o religioso o tempo é sagrado por divisão litúrgica, para o não religioso o tempo não é nem um mistério.
Acredita-se no tempo de Deus, o Kairos e no tempo dos homens o Khonos. O Kairos acreditado por homens religiosos transmite a espera divina, no tempo de Deus. Já o Khonos pelo os homens não religiosos é aquele tempo que passa e ninguém percebe.
Assim como a questão de tempo para os yokut que a questão de tempo é a questão de Mundo, eles dizem “o mundo passou”, que para nós seria “um Ano que passou”. Para eles o ano é como se fosse a Terra. Como diz no texto “O Cosmos é concebido como uma unidade viva que nasce se desenvolve e se extingue no ultimo dia do ano, para renascer no Ano Novo”.
O Cosmos é como o Ano, são realidades sagradas. Como os templos que são sagrados e tem uma simbologia temporal. O ano é concebido através das quatro direções cardeais, que significa para os algonkins e os sioux que são as quatro janelas e portas da cabana sagrada. Para os Dakota “O ano é um circulo em volta do mundo”, uma volta na cabana sagrada, que significava o mundo pra eles.
O altar também tem a ver com o tempo, pois o altar do fogo é o ano que se renova. Para o homem religioso da cultura arcaica, o mundo se renova anualmente, isto é, reencontra o novo ano a sanidade original, tal como das mãos do Criador.
Ou seja, cada religião vê o tempo de uma forma, seja como uma cabana, um fogo ou como o tempo de Deus. Já o homem não religioso enxerga um tempo continuo, sem festas religiosas que passa despercebida.
A passagem de ano, ou Ano Novo, se exalta as purificações, pois seria uma passagem para um tempo puro, para o Ano Novo persa teve lugar como Criação do Mundo