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7 de novembro de 1984, manhã ensolarada, um sol radiante, nuvens claras; preparo-me para mais uma caminhada cotidiana: escovo meus dentes, tomo meu delicioso café da manhã, visto-me com uma simples blusa, calça e tênis confortáveis, e logo saio de casa, claro, para aproveitar o belíssimo dia! Decidi fazer um trajeto um tanto distinto, seguindo por uma rua desconhecida, porém ainda no Bairro Ignoranchi; era uma rua sombreada, cheia de árvores e aparentava ser pouco movimentada, pelo o que ouvia na televisão e rádio, mas de uma hora para outra surgia uma multidão (que parecia um rebanho procurando pelo seu pastor), e eu só tentando entender o que havia ocorrido. Saí imediatamente de lá, pois ao contrário, seria atingida e até pisoteada, e caminhei por outras ruas, as mais tranquilas, que até então me agradavam. Até que passo por uma banca, a minha preferida, que contém muitas revistas e jornais, coisas que nunca toquei e nem li, por falta de interesse (apenas vou para conversar com meu velho amigo, Seu Samuel, um homem esbelto de uns setenta e cinco anos, simpático, culto, bem informado, e que trabalha na mesmo já fazia muito tempo), mas experimentei uma que me chamou muita atenção, uma tal de “Descegar”, pois além de sua capa ser extravagante e enfeitada, tinha uma grossura inexplicável. Peguei-a e folhei algumas de suas encantadoras páginas, até que uma sombra intensa me revestiu; avistei o céu, desnorteada, e percebi que aquele sol de minutos atrás havia sido coberta por nuvens muito nubladas. Mas como? Não havia evidências e nenhum sinal de que o céu escureceria! Voltei-me à revista e pude compreender que, talvez, bem possivelmente, estava num momento de “estado d’alma”; seria a “Descegar”? Bom, disso não sei, mas posso afirmar que o que li nesta, jamais sairá da minha mente, pois realmente, depois de anos e anos, entendi quem é o Brasil, o país em que moro, o que acontece nas entrelinhas, aquilo que a televisão