Sa De E Indicadores Sociais
Um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estética), divulgou nesta sexta-feira (19), concluiu que a qualidade dos serviços de saúde prestados para pobres e ricos é tão desigual no Brasil que divide o país em dois.
Segundo Marco Antônio Andreazzi, médico sanitarista e pesquisador do IBGE, há diferenças marcantes quando se compara a qualidade dos equipamentos e dos profissionais entre as classes sociais e o setor público e privado.
O país são dois Brasis se considerarmos os tipos de serviços prestados. Há um excesso de equipamentos sofisticados nos planos privados (que se consideram nas regiões mais ricas) e locais que faltam equipamentos básicos.
Um desses fatores, segundo ele, é o número de leitos disponíveis. De acordo com a pesquisa AMS (Assistência médica sanitária), entre 2005 e 2009, o perdeu 11.214 leitos nos estabelecimentos de saúde, o que explica as grandes filas nas sete principais capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo horizonte e Curitiba) do Brasil. Nesses municípios; há estimativa que 170 mil pessoas terão de esperar cinco anos por uma cirurgia não emergencial.
O número total de leitos é de 431.996, dos quais 35,4% em instituições públicas e 64,6% em hospitais privados. A maioria dos leitos(54,2%) está distribuída na região Sudeste (onde se concentra a população de maior renda), seguida das regiões Nordeste (19,4%), Sul (15%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (4,6%).
A região também lidera o ranking que avalia os postos de trabalho em estabelecimentos de saúde voltados para pessoas com nível superior. O Nordeste e o Sul vêm em seguida com 21,4% e 15,2%, respectivamente. O Centro-Oeste e o Norte ficam com a menor parcela de profissionais capacitados, com7% e5% respectivamente.
Apesar de o Norte vir na segunda posição, os serviços de melhor qualidade estão concentrados nas capitais, em bairros cujo poder aquisitivo da população é maior.
Esse cenário fica claro quando