Roteiro Em um Mundo Melhor

Crítica do filme “Em um Mundo Melhor”

O filme promove a reflexão do que a vida em comunidade pode gerar. Trata de aspectos naturais do ser humano e das conseqüências desses na convivência em sociedade.
Quando na Dinamarca, a violência na escola é abordada quando Elias e Christian levam uma surra de um garoto mais velho que, mais tarde, também sofre dessa violência. Vê-se, aqui, que a união desses dois garotos os tornou mais fortes e capazes de superar o medo que sentiam para, assim, tomar uma atitude que afugentasse o garoto mais velho.
A agressividade tambpem é explorada no momento em que Anton, numa pequena praça, separa uma briga em que seu filho mais novo está envolvido e recebe tapas no rosto, sem reagir. Christian e Elias assitem à cena. Esta atitude parece estranha neste momento, mas no decorrer do filme, quando na Africa, fica claro este traço da personalidade do personagem.
O amor se tranforma em agressividade e ódio para Christian quando ele perde a mãe. O menino se mostra recluso e incapaz de manter um diálogo com qualquer pessoa, inclusive seu pai, a quem culpa pela morte da mãe.
Após tais ocorridos, Christian planeja vingar-se do homem que bateu no pai de Elias. Este, mesmo aflito, aceita o plano, o que quase custou sua vida.
Fazendo um paralelo na Africa, quando Anton atua como médico num acampamento, ele recebe inúmeras pacientes grávidas que tiveram seus filhos aracados da barriga por um homem chamado “The Man”. Quando este, ferido e necessitado de tratamento, o ameaça, Anton se mostra muito lúcido e firme e não o teme, fato que conradiz o senso comum, pois ele desafia alguém que é visto como ‘autoridade’ na região. Anton manteve, também, sua eticidade e cumpriu com seu dever de agente da saúde ao socorrer o homem.
O filme todo se baseia, portanto, na concepção de que a força e a violência determinam a organização e a hierarquia da sociedade. Em todos os seus grupos, no ambiente escolar, em um espaço publico, num acampamento precário,