Roteiro do filme central do Brasil
Josué não tira não tira o olho da carne-seca que um romeiro está comendo. O homem percebe os olhares gulosos do menino, se compadece e se aproxima de Dora e Josué para oferecer a comida. ROMEIRO: Tão servido?
Dora não consegue disfarçar sua repugnância por aqueles nacos sujos de carne.
DORA: Não, obrigado. JOSUÉ: Sim, obrigado.
Josué escolhe seu pedaço.
ROMEIRO: Tá certo, é menino que tá se criando! Tá com quantos caju? JOSUÉ: Nove. ROMEIRO: Se deixasse, eu com nove ano, comia um boi inteiro!
O romeiro volta para o seu lugar. JOSUÉ: Come que é bom. DORA: Não. Eu tenho muitos caju demais pra comer isso aí. JOSUÉ: Tô te dizendo.
(Roteiro de João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, baseado em história original de Walter Salles, para o filme Central do Brasil. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.)
1. O texto acima foi extraído do roteiro do filme Central do Brasil. Um filme utiliza a linguagem verbal e a não-verbal para se transmitir uma mensagem. No roteiro, utiliza-se apenas a linguagem verbal. Observe que os tipos utilizados para transcrever o texto são de três ordens: itálico (letras deitadas) para as rubricas (são chamadas rubricas as marcações, ou as explicações, do autor de peças de teatro ou de roteiros para cinema para o ator ou para o diretor), VERSAL (letras maiúsculas) paraos nomes dos personagens e redondo (letras normais) para as falas. Analise a linguagem usada no texto acima e explique que diferença há entre as rubricas e as falas.
Nas rubricas, que são falas do narrador, é usada uma linguagem culta, a correta. Nas falas já é usada a linguagem coloquial(informal), que é da cultura da região,assim o publico conhece melhor o modo de falar de tal região.
2. O que significa o vocábulocaju no texto? Como é possível compreender o significado dessa palavra no roteiro do filme Central do Brasil?
3. No filme Central do