roteiro de o corti o
João queria enriquecer a todo custo e por isso trabalha dia e noite sem descanso. Não se divertia e nem saia para passear.
Bertoleza, sua vizinha, uma mulata de 30 anos que foi escrava, era quem cozinhava para ele.
João Romão mostrou-se uma grande amigo desde a morte de seu marido, coisa que a fez escolhe-lo como seu confidente. A amizade evoluiu e Bertoleza pediu ao vendeiro que guardasse suas economias.
Com o tempo Romão conseguiu ganhar a confiança da mulher a ponto de tomar conta de todos os negócios dela, inclusive fazer o pagamento mensal ao senhor dela, para que ela pudesse viver livre.
Começaram a namorar e ele propôs que eles fossem morar juntos. Ela concordou.
Com as economias de Bertoleza, ele comprou o terreno ao lado da venda e levantou uma casinha.
Dias depois...
-João Romão: Você agora não é mais escrava de ninguém! - Declarou- Acabo de pagar todos os centavos de sua liberdade. - Bertoleza chorou de felicidade.
Acontece que a carta de liberdade era obra do próprio João Romão. O senhor de Bertoleza não teve sequer conhecimento do caso. O que ficou sabendo era que sua escrava tinha fugido para Bahia depois da morte de seu marido. Três meses depois o velho dono de Bertoleza morreu sem saber a verdade.
Como Romão nunca passeava, todo seu dinheiro era investido em mais terrenos, onde ele construía mais casas, quase sempre fazendo o papel de pedreiro.
Logo ele já era dono do grande cortiço de São Romão. E logo comprou uma pedreira localizada ali pertinho.
Seu maior desafeto se chamava Miranda, e a inimizade nasceu porque ele não quis vender sua casa, localizada ao lado da venda.
Miranda não suportava a fúria financeira de Romão, que tinha atingido a tal ponto que nem mais abrir a janela ele podia.
-Miranda: Um cortiço! – Exclamava Miranda, possesso- Maldito seja aquele João Romão por ter feito um cortiço debaixo de minhas janelas.
Passaram se dois anos e o cortiço só