Romantismo
John Q. é o agente de um emocionante filme protagonizado por Denzel Washington no qual um pai se depara com um gravíssimo problema que é uma patologia cardíaca do seu filho e este só poderá ser salvo através de um transplante de coração. A intenção de este pai é obviamente conseguir o coração para o transplante. Para isso John Q. pretende utilizar o seu seguro de trabalho mas verifica que este não cobre aquela operação dispendiosa. Então procurou outras soluções como por exemplo solicitar o apoio social, realizou um peditório público na igreja, vendeu inclusivamente o recheio da sua casa mas não conseguiu angariar a quantia necessária para que o nome do seu filho figurasse na lista dos pacientes que necessitavam de transplantes. Contactou ainda um famoso jornalista no sentido de o sensibilizar para o seu problema fazendo com que ele apresentasse a sua situação no seu programa de televisão. Todas estas tentativas se revelaram inúteis, porque com tudo isto o tempo foi passando e o estado de saúde do seu filho foi-se agravando, chegando a um estado em que apenas o transplante o poderia salvar. John Q. decide sequestrar o cardiologista do Hospital obrigando-o sob ameaça de morte a realizar a operação. O médico concordou fazê-lo desde que surgisse um coração compatível. Neste momento John Q. vê como derradeira esperança o seu suicídio como a única forma de arranjar um coração para o seu filho. O filme termina com a realização do transplante, que foi um sucesso, possível devido a um acidente de viação que permitiu a disponibilização de um coração, não se concretizando o suicídio de John Q. Contudo este homem não hesitou em carregar no gatilho quando ainda não tinha conhecimento da existência do coração para o transplante. Este filme levanta a seguinte questão: Será eticamente justificável alguém suicidar-se para que outra pessoa viva? Eu penso que sim, porque, neste caso, o grau de parentesco e de afecto justificava