Romantismo, realismo e naturalismo
Romantismo:
- Recorda o passado e, de preferência, a Idade Média;
- A imaginação, a sensibilidade dominam a narrativa.
- Dá-se a interferência do narrador que, ora manifesta ou a sua simpatia ou repulsa , ora faz digressões;
- Linguagem declamatória, afetiva e espontânea com reticências, exclamações, interrogações, etc.;
- Gosto pela paisagem macabra e horrenda e pelo descritivo idealizado “locus horrendos”;
- Inspiração feita de arrebatamento;
- Ideais monárquicos.
Realismo:
- Olha o futuro e tem fé na ciência e no progresso – consequência è novela realista - naturalista, poesia panfletária, gosto pelos temas contemporâneos;
- A observação do pormenor, a indiferença e a impassibilidade do narrador dominam a narrativa;
- Linguagem desafetada, corrente e equilibrada com aperfeiçoamento da forma;
- Gosto pela paisagem colorida e pelo minucioso e exato;
- Criação feita de reflexão e análise;
- Ideais republicanos e socialistas.
Realismo – mais esteticizante, embora se apoie no que as ciências do século XIX, vinham afirmando e desvendando, não vai até à profundidade analítica do Naturalismo, donde advém a sua a sua não - preocupação pela patologia ( característica do romance naturalista ).
Naturalismo – ( Posterior cronologicamente ) – conduz a ciência para o plano da obra da arte, fazendo desta como que meio de demonstração de teses científicas, especialmente de psicopatologia.
Realismo:
- retrata com certa isenção a realidade circundante;
- encara a podridão social usando luvas de pelica;
- desejo de sanar males sociais, perante os quais sente profunda náusea.
Naturalismo:
- implica uma posição combativa;
- análise dos problemas de uma sociedade decadente;
- obra de arte – verdadeira tese com intenção científica;
- controla a sensibilidade e analisa os males sociais com rigorismo técnico.
Síntese:
Realistas e naturalistas comparam-se nos mesmos preconceitos científicos tendo