romantismo no ballet
Entre o fim do século XVIII e o início do século XIX, a Europa viveu o período do romantismo, movimento literário que atingiu a todas as outras formas de arte e ao próprio movimento social, incluindo a dança. As características principais desse movimento são a idealização do amor, a adoração do místico e a elevação do espírito, coexistindo, por tanto, um mundo real com um sobrenatural.
Para visualizar as influências do romantismo sobre a dança, basto observar que os balés criados durante esse movimento pregam a magia e a delicadeza dos movimentos, onde a protagonista, apaixonada, representa fragilidade. Também são típicos os temas e personagens que envolvem a mitologia grega.
O balé que marcou o início da fase romântica na dança foi “A Sílfide”, criado por Filippo Taglioni em homenagem a sua filha Marie Taglioni. As sílfides são imagens etéreas do eterno feminino, que dançam com um poeta sonhador em busca de um ideal, história e personagens tipicamente românticos. Foi nesse trabalho que foi usado os primeiros tutus românticos, vestidos longos feitos de filó ou tule com saias cortadas em godê ou franzidas. Os tutus são usados até hoje, porém, variam com o tipo de dança e físico da bailarina.
Muitos dos balés românticos apresentam o “ato branco”, segundo ato representando o sobrenatural, sonhos e devaneios dos personagens, no qual as bailarinas usam tutus brancos. Como é o caso de “A Sílfide” e também de um dos balés mais famosos e adorados até hoje, “Giselle”. “Giselle” é considerado um dos maiores testes para uma bailarina, mesmo atualmente.
Grandes evoluções nos movimentos que compunham as coreografias também ocorreram nesse período. Com a intenção de verticalizar cada vez mais os bailarinos, para torná-los mais idealizados (sugerindo que flutuavam), foram trabalhados e acrescentados os saltos, também para as bailarinas. Para fazer com que as mulheres pudessem dançar encostando apenas a ponta dos pés no chão, os passos