Romance de 30 revisao

Romance de 30
Semana de Arte Moderna marco inicial do modernismo brasileiro. O período entre as décadas de 1930 a 1970 é denominado Romance de 30. Neste período encontramos o contexto histórico da Revolução de 30, quebra da bolsa de Valores de Nova York, fim da República Velha entre outros fatores de grandes repercussões. Ante este período de transformações muitos autores não poderiam ignorar essa fase tão conturbada. Muitos artistas começam a transmitir em suas obras uma maior verossimilhança como um recurso para denunciar o momento vivido.
Algumas características marcam essa fase, como: linearidade na narrativa nos remetendo a uma noção de tempo e espaço em período fidedigno, em linguagem que é filtrada pelo “código culto”, ou seja, tanto o narrador como os personagens falam segundo as normas gramaticais urbanas, método utilizado como estratégia para maior aceitação do público urbano, no caso leitores da obra, uma estrutura histórica totalmente identificável, uma vez que as obras desse período retratam temas e fatos urbanos e agrários ocorridos na época. Com perspectiva crítica as obras tendem a mostrar um estrato de determinado cunho social, e por último um sentimento de otimismo, que apesar de todos os conflitos e dificuldades, poderiam ser resolvidos, pois o mundo assim permitiria.
O primeiro romance desta geração foi a Bagaceira de José Américo de Almeida, encontramos também Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado e Erico Verissimo.
Aprofundando mais nas características das obras de José Lins do Rego, pode-se mencionar maior destaque ao ciclo da cana-de-açúcar, retratando o auge dos engenhos a total decadência com a chegada das usinas.
Podemos enfatizar que José Lins faz uma tipificação social de homens corajosos e mulheres submissas em suas obras, próprios da época, retrata ainda os problemas enfrentados com a grande ascensão das usinas, aonde não era necessário tanta mão de obra, causando grandes dificuldades e miséria