"Rolezinhos"
Os "rolezinhos", encontros promovidos por jovens das periferias em shopping centers, começaram em dezembro em São Paulo no shopping Itaquera. Convocados pelas redes sociais, eles têm a participação de centenas de pessoas e dividem opiniões, lembra o Le Parisien .
Há quem diga que os shoppings são espaços públicos que podem ser frequentados por todos e que os "rolezinhos" são uma maneira de democratizar uma área reservada à elite e levantar um debate sobre a desigualdade social, o racismo e a discriminação no país.
A polícia e alguns frequentadores enxergam o fenômeno de uma outra maneira. Para as autoridades, os "rolezinhos" são um pretexto para assustar deliberadamente lojistas e clientes e praticar furtos e outros delitos.
De acordo com o jornal francês, os encontros começam a preocupar as autoridades e os comerciantes, que pretendem proibi-los. Neles, os jovens geralmente cantam hinos funks e bebem cerveja, sempre em grupo, de uma forma que às vezes pode ser considerada hostil.
Flashmobs desorganizados
Segundo o jornal Le Parisien, os "rolezinhos" se parecem com "flashmobs menos organizados." Flashmobs são manifestações convocadas pela Internet sem ter necessariamente um cunho social . O objetivo é reunir um grupo num determinado momento, para uma espécie de "performance coletiva" em público.
O jornal francês explica que os "rolezinhos" acabam em furtos e confrontos com os seguranças e policiais. O jornal cita o incidente ocorrido no shopping Itaquera no último sábado, que levou a polícia a dispersar os jovens com bombas de gás lacrimogêneo.
O jornal tenta fazer o contraponto da discussão que tomou conta do Brasil, lembrando que o governador Geraldo Alckmin pediu a abertura de