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Capítulo VI
O Campos de pesquisas 3:
O corpo no espelho do social
I- As aparências
“O corpo também é, preso no espelho do social, objeto concreto de investimento coletivo. Neste contexto o corpo é só um analisador privilegiado para evidenciar os traços sociais.” (p. 77)
“A aparência corporal responde a uma ação do ator relacionada com o modo de se apresentar. Engloba a maneira de cuidar do corpo, etc., quer dizer a maneira quotidiana de se apresentar socialmente. O primeiro constituinte de aparência tem relação de modalidades simbólicas de organização sob a égide do pertencimento social e cultural do ator. Elas são provisórias amplamente dependentes dos efeitos de moda. Essa prática da aparência, na medida em que se expõe à avaliação de testemunhas, se transforma em engajamento social, em meio deliberado de difusão de informação entre si. Assim, M. Pagès-Delon faz das aparências corporais espécies de “capital” para os atores sócias. “Capital-aparência” cujas fontes devem ser gerenciadas da melhor maneira possível para que o melhor rendimento possa ser alcançado.” (p. 77-78)
“A apresentação física de si parece valer socialmente pela apresentação moral. Um sistema implícito de classificação fundamenta uma espécie de código moral das aparências que exclui, na ação, qualquer inocência. Imediatamente faz de qualquer um que possua hábito, monge incontestável. Os estereótipos se fixam como predileções sobre as aparências físicas e as transformam naturalmente em enigmas, em marcas fatais de imperfeição moral ou de pertencimento de raça.” (p. 78)
“Um mercado em pleno crescimento renova permanentemente as marcas que visam a manutenção e valorização da aparência. Roupas, cosméticos. Práticas esportivas e etc. O corpo é objeto de maior preocupação. Trata-se de satisfazer a mínima características social fundada na sedução, que quer dizer no olhar do outro. Na modernidade, única extensão do outro e frequentemente a do olhar: o que resta quando as relações sociais