Rodoviaria Plano Piloto x Rodoviaria Jau-SP
Com alguns anos de diferenca entre suas construcoes, a Rodoviaria do Plano Piloto (1960), projetada por Lucio Costa e a Rodoviaria de Jau(1973), por Vilanova Artigas, possuem semelhancas impressionantes em suas concepcoes projetuais. Tanto em Brasilia, como em Jau, era obvia a necessidade de uma rodoviaria que nao so servisse como um mero ponto de onibus, mas que de uma certa forma, fosse arquitetura e urbanismo num so edificio, fosse mais do que um programa de necessidades de uma simples rodoviaria; e tanto Lucio Costa quanto Artigas conseguiram atingir tal objetivo.
Neste artigo, tanto a rodoviaria de Brasilia quanto a de Jau serao objetos de estudo. Primeiramente, por uma questao de linha do tempo, a do Plano Piloto e depois, a de Jau. Apos uma analise das duas obras, sera feito um comparativo, mostrando as semelhancas projetuais como uma conclusao. Em Brasilia, a solucao era complicada. Decada de 50. Lucio Costa devia pensar em algo que ligasse diferentes niveis, diferentes eixos, sem cruzamentos, permitindo um livre fluxo em diferentes sentidos, seguindo um principio de Brasilia: a cidade sem cruzamentos; tal feito conseguido com as famosas "tesourinhas". Costa locou a rodoviaria na "estaca zero" da cidade, no "centro da cruz", no pondo ideal. Tao ideal que nao se consegue imaginar a rodoviaria do Plano Piloto em outro lugar, a nao ser ali. Por meio de diferentes niveis e das conexoes entre seus ambientes internos, a plataforma estabelece a continuidade do tecido urbano, ao mesmo tempo que tambem articula a Escala Monumental e a Escala Gregaria, incorporando em seus fluxos as especifidades da percepcao do espaco urbano e arquitetonico de Brasilia. De forma maestral, Lucio Costa consegue projetar algo pouco percebido como "coisa edificada" na paisagem urbana; fonte que Artigas ira beber, cerca de 10 anos depois. Mesmo quase que desaparecendo na linha do horizonte da