Rochas metamórficas
Metamorfismo, em Geologia, define o conjunto de processos pelos quais uma determinada rocha é transformada, através de reações que se processam no estado sólido, em outra rocha, com características distintas daquelas que ela apresentava antes da atuação do metamorfismo. Estas modificações implicam mudanças na estrutura , textura, composição mineralógica ou mesmo composição química da rocha, que ocorrem geralmente de maneira combinada. O campo dos processos metamórficos é delimitado, por um lado, pelos processos diagenéticos, de baixa temperatura, de até aproximadamente 250°C e, por outro, pelo início da fusão de rochas a altas temperaturas, conforme ilustrado na Fig. 18.1. As rochas, a partir das quais se originam as rochas metamórficas, são chamadas de protolitos, e sua identificação tem grande importância em estudos geológicos.
Rochas metamórficas são constituintes predominantes nestas grandes estruturas lineares, principalmente nas suas partes centrais, na forma de extensas faixas, denominadas cinturões metamórficos, muitas vezes intimamente associados a rochas magmáticas plutônicas. Rochas metamórficas desenvolvem-se também nas proximidades das dorsais meso-oceânicas, ao redor de corpos ígneos intrusivos, ao longo de grandes zonas de falhas ou ainda nas crateras de impacto de meteoritos.
Processos tectônicos provocam modificações nas condições físico-químicas às quais os protolitos estavam submetidos. Isto conduz ao reequilíbrio dessas rochas através de reações metamórficas, que modificam a composição mineralógica e promovem reorganização estrutural e textural. Os principais parâmetros físicos envolvidos no metamorfismo são a temperatura e pressão. Com o aumento da temperatura, por exemplo, os argilominerais das rochas sedimentares são substituídos por micas e outros silicatos aluminosos e a textura sedimentar clástica de um arenito poroso é recristalizada para uma textura em mosaico, onde desaparecem os espaços vazios entre os grãos.