Riscos cambiais
Como as taxas de câmbio se modificam ao longo do tempo, passa a existir um risco para aqueles que esperam pagar ou receber um valor em moeda corrente estrangeira em um momento futuro. Como este risco depende única e exclusivamente da variação (positiva, ou negativa) da taxa de câmbio, dá-se a ele o nome de Risco Cambial. Tais riscos são protegidos por meio do chamado hedging. Essa proteção, usada por bancos e empresas, geralmente é realizada através da BM&F. Sendo assim, alguém que tenha uma dívida em alguma moeda estrangeira (dólar, por exemplo) e deseja se proteger de uma eventual alta da moeda norte-americana compra um contrato de dólar futuro. Este contrato garante que em determinada data, ele poderá comprar determinada quantia de dólar em uma determinada cotação, protegendo a empresa/banco caso o dólar ultrapasse a cotação fixada.
Matéria ilustrativa:
06/02/2010 - 13h24
Para Banco Central, não há risco cambial para empresas
MARCIO AITH
TONI SCIARRETTA da Folha de S. Paulo
O dólar subiu pela quarta semana seguida e voltou à casa de R$ 1,90, mas pegou poucas empresas despreparadas, diferentemente do que ocorreu no final de 2008, segundo avaliação do Banco Central. Por conta disso, a autoridade monetária tem se mantido alheia à alta do dólar e decidiu não intervir para elevar a cotação do real. Ontem, a moeda encerrou a R$ 1,891, com alta de 0,37% no dia.
Mesmo com a tensão nos mercados, o BC ainda não apareceu vendendo dólares, como fizera no final de 2008. Durante toda a semana, o BC comprou dólares na faixa de R$ 1,84 e R$ 1,88, colaborando para ratificar o novo valor da moeda.
O argumento é que não haveria hoje a mesma crise de liquidez e asfixia de crédito vista na turbulência de 2008. Nem casos relevantes de empresas com aposta errada no câmbio capaz de levá-las muito perto da insolvência, como ocorreu com Sadia e Aracruz Celulose.
O BC calcula em apenas US$ 35 milhões a exposição de empresas a esses