Risco social, risco ambiental, risco individual
Franz Josef Brüseke. Florianópolis, Ed. UFSC, 2001.
Franz J. Brüseke é dr.phil pela Universidade de Münster, RFA. Professor de Sociologia na Universidade Federal de Sergipe, autor de inúmeras obras. Atualmente coordena o Núcleo de Pesquisa: Sociedade, Ciência e Técnica. O texto “Risco social, risco ambiental, risco individual” é o segundo capítulo do livro “A Técnica e os Riscos da Modernidade”, escrito lançado em 2001 por Brüseke. Neste livro o autor traz reflexões sobre a utilização da técnica e processo de modernização, sob ponto de vista histórico, econômico, social e ambiental. O capítulo traz uma discussão sobre o risco e seus vínculos com a sociedade moderna, utilizando-se de argumentações de Ulrich Beck, Heidegger e outros. O autor cita no início do capítulo o seguinte conceito de modernização reflexiva: A modernização está comumente associada à quebra dos laços sociais tradicionais e à integração das forças produtivas naturais no processo econômico, seja através de novas tecnologias seja através de sua reorganização e ampliação do processo produtivo como processo de trabalho. Segundo Beck, a sociedade industrial está seguindo uma modernização reflexiva, de modo que o próprio processo de modernização transformou-se em um problema por causa da instabilidade e riscos que as novidades tecnológicas e organizacionais, introduzidas na sociedade de forma não refletida, provocam. Beck ainda diz que a sociedade tornou-se cada vez mais saturada, mais cheia de imponderáveis e efeitos não previsíveis. Brüseke divide os risco em duas categorias, os “risco globais” e os riscos individuais. Sobre os riscos globais ele argumenta que sempre existiu, e argumenta que é um risco que corre um indivíduo, ou um grupo, sem colocar em risco um grupo maior de pessoas no caso de fracasso na sua empreitada e exemplifica com as navegações de Cristóvão Colombo. Já os “riscos globais”, segundo o autor, estão relacionado a