Rio Grande do Sul
O Planalto do Rio Grande do Sul
“A condição de fronteira política do Rio Grande do Sul tem grande relevância para o processo de ocupação do extremo meridional do Brasil. Essa fronteira brasileira foi palco de intermináveis conflitos com os povos vizinhos da bacia do Prata, o que lhe deu caráter fortemente militar com importantes repercussões na ocupação de terras.” (p.17)
“Por fim, é importante examinarmos como a condição de isolamento aos centros dinâmicos da economia nacional influenciou o desenvolvimento econômico regional.” (p.17)
A delimitação da Região “Por outro lado, a região apresenta alguns limites físico-geográficos de significativa importância para essa regionalização. O planalto é limitado ao sul por uma escarpa acentuada que consistia em um grande obstáculo as comunicações ao longo do século XIX. Considera-se que, naquele século, as condições de transporte eram muito precárias e com poucas forças para romper obstáculos geográficos como a escarpa do planalto (a “serra”, como seus habitantes costumam dizer). O trem, a ferrovia, a grande invenção tecnológica em termos de transporte, somente chegou à região do planalto no fim do século, melhorando muito a situação. O caminhão automotor, que é ainda mais eficiente para romper esses obstáculos, somente passou a circular quando o século XX já ia longe e portanto passando os limites do tempo de que nos ocupamos nesse trabalho.” (p.18) “Embora denominemos de “planalto” essa região, isso não significa que a delimitação proposta coincida com o planalto propriamente dito, considerando os aspectos topográficos. Como os critérios que utilizamos não se limitam às condições naturais e sim levam em conta forças de ordens institucional e econômica, deixamos de considerar algumas áreas do extremo oriental do planalto, por não terem muitas ligações com o centro econômico e político sobre o qual depositamos nossas atenções: Cruz Alta. Os municípios de Vacaria e Lagoa Vermelha, no leste do planalto,