Rio de Janeiro
Sociedade brasileira então precisa rever e refletir sobre sua identidade e depara-se com uma identidade construída com base no Brasil colônia, isolada da cultura ocidental. O Brasil era a barbárie, constituído por escravos, negros e índios, além de suas cidades se encontrarem infestadas de vadios, pobres e ociosos. O Brasil era “a morada da pobreza, o berço da preguiça e o teatro dos vícios” p.24
A partir dos finais do século XVIII, há uma preocupação por parte de um grupo de intelectuais brasileiros no que se refere a melhorar a situação do país e de seus habitantes. A fundação da revista O Patriota foi uma tentativa de tornar para o Brasil uma proximidade maior com o desenvolvimento científico eruopeu e foi a primeira revista literária publicada na cidade do Rio de Janeiro. O periódico Auxiliador da Indústria Nacional , em 1833, passa a ser a expressão da influência do movimento da Illustração juntamente com o Império e seu nacionalismo, na tentativa de modernização do Brasil no panorama da cultura ocidental.
Porém, o que acontece é que o progresso desejado nas melhorias do Brasil não dizia respeito ao desenvolvimento das cidades, mas sim, em melhorias na agricultura, que era a principal fonte de riqueza do país. Sendo assim, apenas depois do investimentos neste setor é que se poderia pensar em um Brasil como nação.
Com uma economia decadente por conta do esgotamento das minas de ouro e com uma população inculta e iletrada, os investimentos na agricultura seriam a chave para uma população civilizada, transformando estes elementos em ideários da imagem desejada do país. Porém, durante o