Rio amazonas
O nome foi dado pelo frei espanhol Gaspar de Carvajal, o primeiro cronista europeu a viajar pelo rio, durante a expedição de Francisco de Orellana, na primeira metade do século XVI. O frei afirmou que sua embarcação foi atacada por mulheres que, como na mitologia grega das amazonas, pretendiam escravizar os homens para procriar antes de matá-los. onvivem com o ciclo das águas: enchente e vazante.
O modo de vida de homens e mulheres residindo em comunidades ribeirinhas vincula-se a água, ou melhor, ao rio como referência geográfica no espaço amazônico. Em retrospectiva, a história do Amazonas estabelece uma relação direta com a água. “Posteriormente” com a terra e muito depois com o ar. Dados históricos nos mostram que os civilizados, isto é, os colonizadores, chegaram ao Amazonas pelas estradas de rios e às margens dos rios encontraram os civilizados – indígenas – habitantes da região. Graças às estradas de rios, principalmente na enchente, fez-se notar a maior mobilidade humana e com ela as redes de interdependências se ampliaram notando-se maior pressão sobre os não humanos e sobre os humanos que na região viviam. Foi pela água, ou pelos rios, e em seguida por terra e menos pelo ar, que se proporcionou o maior crescimento demográfico na região e sentiram-se os efeitos antropogênicos em seu ecossistema. É pelos rios, em maior proporção, que se vem e se vai às comunidades ribeirinhas. Entretanto, hoje, mais do que antes, a abertura de estradas fez emergir no Amazonas postos de embarque e desembarque de produtos do extrativismo e o rio é a estrada a levá-los às redes invisíveis, com maior rapidez.
Aqueles que não se “contentaram” com o “pacato” modo de vida em comunidades ribeirinhas, migraram para a capital do estado e para sede de outros municípios em busca de vida melhor. Entretanto, nessa empreitada social, a inserção em novas figurações exigiu competências profissionais até então desconhecidas