RIGOR MORTIS
A rigidez cadavérica é causada por uma mudança bioquímica nos músculos, causando um endurecimento ("rigor") dos músculos do cadáver e impossibilidade de mexê-los ou manipulá-los. Isso ocorre devido à perda de todo ATP que é necessário para a separação das pontes cruzadas dos filamentos de actina durante o processo de relaxamento. Quando há falta ATP, a miosina mantém-se unida à actina, causando enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte, produzindo-se o estado de rigor mortis.
Algumas horas após a morte (entre 3 a 4 horas, podendo chegar a 12 horas), todos os músculos do corpo entram no estado de contratura, ou seja, os músculos se contraem e ficam rígidos mesmo sem potenciais de ação. Os músculos permanecem rígidos até que as proteínas musculares degenerem e isso pode levar cerca de 48h, o que provavelmente resulta da autólise causada pelas enzimas liberadas pelos lisossomos. Todos esses eventos ocorrem mais rapidamente nas temperaturas mais altas.
Após a morte ocorre a destruição do reticulo sarcoplasmático, causando o aumento de cálcio no mioplasma ocasionando a formação das pontes cruzadas e contração muscular. Como não há ATP para causar o relaxamento ou para remover o cálcio, instala-se o estado de rigidez, esta se deve a uma reação do tecido muscular em pH baixo(ácido), sendo proporcional o aumenta da rigidez e o aumento da acidez..
A rigidez cadavérica pode ser dividida: na fase de pré-rigor que acontece no período após a constatação da morte em que ainda existe tecidos e órgão vivos com metabolização do glicogênio para produzir ATP e sem O2 há o aumento na produção de ácido lático, o que diminui o pH; na fase de rigor que é período em que ocorre contração muscular intensa; na fase pós-rigor é o período onde há maior incidência de fenômenos líticos com destruição do complexo actina/miosina; Na fase do pós-morte em que o glicogênio se converte em ácido lático e na glicólise anaeróbica pós-morte
Portanto,