Ribeirao santa juliana

Geologia

A área do ribeirão Santa Juliana foco desse estudo, está inserida na borda nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná, cuja litologia aflorante é, em sua maioria, composta por aqüíferos de excelente qualidade, tal como os arenitos da Formação Botucatu e do Grupo Bauru, ambos associados com as coberturas areno-siltosas de idade Terciária e Quaternária. A Formação Botucatu é composta por sedimentos eólicos com predominância de arenitos, siltitos, folhelhos e conglomerados. Esta litologia aflora na borda da Bacia Sedimentar do Paraná onde se apresenta como interessante fonte de areia para a construção, a ser extraída a seco. Também é exposta pela drenagem do ribeirão do Pântano e afluentes em seu alto curso, onde é responsável pela presença de corredeiras e pequenas quedas d’água. São rochas de boa capacidade de armazenamento de água exceto quando os arenitos apresentam-se com elevado grau de silicificação. O Grupo Bauru representa a seqüência sedimentar de Idade Cretácea (140 a 65 milhões de anos) que se seguiu aos derrames basálticos ou à deposição dos arenitos da Formação Botucatu, cujas principais litologias são os arenitos, conglomerados, lentes de calcário, siltitos e argilitos. Os arenitos e conglomerados do Grupo Bauru apresentam-se com excelente capacidade de armazenamento de água, principalmente quando subpostos às Coberturas Cenozóicas de natureza coluvial. As Coberturas Detrítico-lateríticas de idade terciária e quaternária representadas por sedimentos inconsolidados, arenosos ou areno-argilosos, aos quais podem estar associadas cangas limoníticas e lateríticas, originadas de extensos processos de coluviação, atingem espessuras superiores a uma dezena de metros. As camadas de cascalhos constituem diversos níveis com espessura variável e geralmente apresentam-se revestidos de um filme de óxido de ferro. Estes depósitos foram gerados a partir de materiais gerados pelos basaltos da Formação Serra Geral, dos gnaisses do