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Nessa seção será apresentada uma síntese dos principais trabalhos da teoria econômica sobre obesidade. Segundo Bolin e Cawley (2007), as pesquisas em economia da obesidade datam dos anos de 1990 a partir do interesse do público e dos formadores de políticas pelo aumento da obesidade nos Estados Unidos e na Europa e a sua relevância para as tendências de saúde pública.
As pesquisas têm estudado vários aspectos desse problema e abordam questões relacionadas ao custo econômico do excesso de peso para o indivíduo e para a sociedade, ao trade off entre a prevenção e o tratamento, às consequências dessa morbidade, ao impacto da doença na produtividade do trabalhador e nos salários, se a condição socioeconômica, os preços dos alimentos e o valor do salário mínimo poderiam ser fatores determinantes para tal, além de investigar o comportamento individual racional relacionado a obesidade.
Dessa forma a obesidade não é somente uma questão de saúde pública, mas uma questão econômica que envolve além de decisões racionais, alocação dos recursos escassos, tributação e previdência. Para Lakdawalla, Philipson e Bhattacharya (2006), o progresso econômico medido pela renda, menores preços dos alimentos e empregos sedentários conduzem ao ganho de peso quando as pessoas se comportam de forma eficiente. Segundo a ABESO (2002), à medida que o desenvolvimento econômico aumenta, o fator preponderante que influenciaria o risco de obesidade deixaria de ser a renda e passaria a ser a escolaridade. Nesse contexto, o balanço energético dos indivíduos depende cada vez menos do acesso à comida (para subsistência) e do tipo de trabalho e cada vez mais das escolhas em relação ao tipo e à quantidade de alimento (que refletem a informação individual) e do nível de atividade física fora do trabalho (como atividades de lazer). O excesso de peso corporal impacta negativamente nos salários dos