Revoluções século xix
A Revoluções de 1848 foi uma série de insurreições que abalaram as monarquias europeias, onde tinham fracassado as tentativas de reformas políticas e econômicas. De caráter liberal democrático e nacionalista, foram iniciadas por membros da burguesia e da nobreza que exigiam governos constitucionais, e por trabalhadores e camponeses que se rebelaram contra os excessos e a difusão das práticas capitalistas. Os principais núcleos revolucionários foram Paris, Berlim, Budapeste, Viena e Nápoles, mas a atmosfera de agitação foi igualmente sentida em outras regiões da Itália, Alemanha, Áustria, e até mesmo em Londres. A “primavera dos povos” marcou o despertar das nacionalidades — poloneses, dinamarqueses, alemães, italianos, tchecos, húngaros, croatas e romenos —, que exigiram dos impérios a concessão de suas autonomias. O movimento foi efêmero (1848-1850), mas o enfraquecimento da monarquia absoluta e o impulso dado aos ideais liberais, sociais e nacionalistas tiveram consequências duradouras.
REVOLUÇÃO NA FRANÇA: A revolução estourou na França em fevereiro de 1848. Defensores do sufrágio universal e partidários de reformas sociais, guiados por Louis Blanc, derrubaram o rei Luís Felipe e estabeleceram a II República. Divergências entre os revoltosos provocaram combates sangrentos na capital desde o mês de junho. O enfraquecimento do movimento revolucionário permitiu a Luís Napoleão — sobrinho de Napoleão I e futuro Napoleão III — eleger-se presidente. A Revolução de 1848 na França foi o estopim que incendiou a Europa, incentivando movimentos favoráveis à unidade nacional nos estados italianos e alemães.
REVOLUÇÃO NA ALEMANHA: A agitação reinava há muitos meses em Berlim quando chegou à notícia dos acontecimentos de Paris. As manifestações se difundiram na confederação germânica, obrigando os soberanos a conceder liberdades e formar governos parlamentares. Em Berlim, no dia 18 de março, a população exigiu de Frederico Guilherme IV o apoio às