Revolução social
No capítulo anterior, estudamos as teorias que procuraram explicar as mudanças sociais. Neste, vamos tentar entender o processo que foi chamado de revolução e que significou uma mudança profunda nas sociedades em que aconteceu.
Revolução é a transformação radical das estruturas sociais, políticas e econômicas de uma sociedade. Outros tipos de alteração podem ser chamados de reformas sociais ou apenas de mudanças parciais. De acordo com o pensador italiano Umberto Melotti, tanto o reformador quanto o revolucionário almejam mudanças sociais, mas não as mesmas. As mudanças propostas pelos reformadores não se contrapõem aos interesses das classes dominantes, podendo até ser utilizadas para consolidar sua permanência no poder. Já uma revolução se opõe sempre aos interesses das classes dominantes, pois tem por objetivo eliminar a sua hegemonia. Assim, as reformas são realizadas por quem está no poder, enquanto a revolução se processa contra esse poder. Melotti destaca que a reforma procura alterar elementos não essenciais, reparando determinados problemas para garantir a manutenção da situação vigente, enquanto a revolução é um ato de emancipação social, que objetiva destruir o existente para reconstruir a sociedade em novas bases. A história das sociedades é marcada por uma série ininterrupta de reformas e revoluções, mas são estas últimas que assinalam momentos autênticos de busca de uma emancipação efetiva.
Para entender o desenvolvimento e o significado das revoluções, vamos analisar sociologicamente algumas delas.
Sobre a revolução
Podemos utilizar o termo revolução para nos referir aos grandes processos que alteraram substancialmente a vida da humanidade. São bons exemplos desses processos a revolução agrícola, que transformou radicalmente a forma de abastecimento das populações humanas, e a revolução industrial, que mudou a forma de produção.
Hoje, estamos participando da terceira grande revolução