Revolução Russa
Introdução
A revolução Russa caracteriza-se por uma série de conflitos, iniciados em 1917, que derrubou o império russo e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin. Recém-industrializada e sofrendo ainda com a 1ª Guerra Mundial, a Rússia tinha uma grande massa de operários e camponeses trabalhando muito e ganhando pouco. Além disso, o governo absolutista do czar Nicolau II desagradava o povo, que queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A soma dos fatores levou a manifestações populares que fizeram o monarca renunciar e, no fim do processo, deram origem à União Soviética.
1. A Sociedade Russa antes do Conflito
De 1547 até 1917, o Império Russo foi uma Monarquia Absolutista, governada pelos Czares, sendo um império autocrático, que se recusava a conceder a seus súditos um governo constitucional e parlamentar. Esta forma de liderar desagradava o povo, que queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A Monarquia era sustentada principalmente pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis. Das famílias dessa nobreza saíam os oficiais do exército e os principais dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa.
A grande maioria da população, cerca de 80%, estava ligada direta ou indiretamente à terra. Apesar de ser um país agrícola, as condições de vida dos camponeses eram péssimas, a maioria deles vivia em casebres, em condições sociais e econômicas miseráveis, trabalhavam muito e ganhavam pouco. Por mais que a Rússia não apresentasse direitos democráticos ou eleições, e estivesse sob a égide de uma monarquia absolutista, houveram alguns partidos de oposição ao Czarismo que se definem mais como organização de correntes político-ideológicas. Entre eles, o mais importante foi o POSDR (Partido Operário Social-Democrata Russo) que em 1903, se dividiram em Bolcheviques e Mencheviques. Os Mencheviques, eram a minoria e defendiam que a revolução socialista só