Revolução Russa

A Revolução Russa

A Rússia Imperial
Desde o século XVI até a Revolução de 1917, a Rússia foi governada por uma monarquia absolutista. O rei, chamado czar, detinha amplos poderes e o apoio da Igreja ortodoxa russa e da nobreza proprietária de terras.
O czar Alexandre II (1818-1881) foi quem deu início, na metade do século XIX, a um programa de reformas, procurando transformar a Rússia em uma nação moderna e industrial.
Com o fim da servidão, no entanto, os camponeses receberam apenas uma pequena parcela da terra pela qual lutavam. No início do século XX na Rússia, os pequenos e médios proprietários de terra conviviam com técnicas arcaicas, baixíssimos rendimentos, doenças, fome e analfabetismo.

O proletariado
Já no começo do século XX, com o crescimento econômico de algumas cidades da Rússia, surgiram novas classes sociais: burgueses, proletários e profissionais liberais. As cidades de São Petersburgo e Moscou eram as mais industrializadas da Rússia. Nas fábricas, os operários eram submetidos a jornadas de trabalho de até 16 horas diárias, baixos salários e riscos de acidentes. Esse contexto facilitou a influência das ideias socialistas desenvolvidas por Karl Marx e Friedrich Engels, as quais contribuíram para a formação de alguns partidos clandestinos que se opunham ao czar. Um dos mais importantes partidos criados foi o Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR). A crise social levou o POSDR, contudo, a se dividir em dois grupos: os bolcheviques e os mencheviques. A luta incessante dos bolcheviques contra o regime imperial levou muitos de seus líderes à prisão ou ao exílio em países da Europa.

O Domingo Sangrento e a Revolução de 1905
Em 1904, a política expansionista do czar Nicolau II (1894-1917) levou a Rússia à guerra contra o Japão (Guerra Russo-Japonesa) pelo controle da Manchúria, no nordeste da China. Com a derrota do exército russo, as tensões sociais aumentaram, provocando o enfraquecimento do czarismo e a Revolução de 1905.
A