Revolução Russa
Percebendo a impotência do governo provisório, os bolcheviques tornaram-se a única força organizada, sob a liderança de Trotski e principalmente de Lênin. É dele o programa de reformas denominado Teses de Abril, que, sob o lema "Pão, Terra e Paz", propunha a transferência do poder para os sovietes, a nacionalização dos bancos, o controle operário sobre as usinas, a ocupação das terras pelos camponeses e o restabelecimento da paz. Em julho, os bolcheviques organizaram um levante em Petrogrado, causando grande confusão. O governo conseguiu conter a revolução. Trotski foi preso e Lênin refugiou-se na Finlândia.
Lov deixou seu lugar para Kerenski, que formou novo governo de coalizão, que durou apenas um mês, e o país se dividiu radicalmente entre esquerda e direita. Em outubro, Lênin chegou secretamente a Petrogrado e, juntamente com Trotski, organizou uma insurreição, criando a Guarda Vermelha, milícia revolucionária formada por trabalhadores e bolcheviques. Foram convocados todos os sovietes das grandes cidades e, em novembro (outubro, no calendário russo), a Guarda Vermelha tomou os pontos estratégicos de Petrogrado e cercou o palácio de inverno.
Kerenski, abandonado por suas tropas, teve de fugir e se exilou mais tarde. Os sovietes, no dia seguinte, reuniram em congresso, confiando o poder a um Conselho de Comissários do Povo, presidido por Lênin, com Trotski nas relações exteriores e Joseph Stálin nos negócios internos. A tomada do poder pelos bolcheviques em Petrogrado foi seguida por movimentos semelhantes por parte dos sovietes locais em toda a Rússia, mas em muitas regiões houve resistência.
Foi Lênin - homem de ação e teórico marxista - quem conduziu o país para o socialismo. Em nome dos interesses da revolução, assumiu o governo, procurando satisfazer de imediato as exigências populares: aboliu a propriedade privada e doou terras para os camponeses, estabeleceu o controle operário sobre as usinas e lançou uma proposta formal para