Revolução russa
No início do século XX a Rússia era um país pobre e atrasado tecnologicamente. Era conhecida como o "celeiro" da Europa, por apenas exportar cereais para todo o Velho Continente. 80% de sua população economicamente ativa vivia no campo, em muitas regiões sequer se conhecia o arado. Os camponeses viviam na miséria. Trabalhavam, com a temperatura em torno de -25oC, com roupas de trapo e bota de papelão, enquanto o czar vivia acalentado luxuosamente. Czar: A denominação czar, o modo como ficaram conhecidos os imperadores que governaram a Rússia até o início do século XX, é uma homenagem a Cezar, o famoso imperador romano. Na verdade, a palavra originalmente usada pelos russos era tzar, pois o fonema "cz" não existe em seu idioma. Porém, devido à ocidentalização do nome, ele voltou a tornar-se mais próximo de sua origem.
A expressão Revolução Russa é relativa às duas revoluções vitoriosas de 1917: a primeira, denominada Revolução de Fevereiro (março, pelo calendário juliano, então usado na Rússia), levou à queda da autocrática monarquia imperial. A segunda, denominada Revolução Bolchevique ou Revolução de Outubro, foi organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.
Primeira Fase:
No domingo 22 de janeiro de 1905 os mujiques (camponeses), operários e demais pessoas da comunidade organizaram uma passeata em São Petesburgo, liderados pelo padre Gapon, da Igreja Ortodoxa Russa. Nessa passeata levariam ao czar Nicolau II um documento clamando por alguns direitos sociais e contando ao querido czar a situação do povo russo. Acreditavam que Nicolau II não sabia que o povo russo passava fome e vivia na miséria e que, quando lesse a carta, ele livrar-se-ia dos assessores maus e os ajudaria. Nesse clima de paz crianças, mães com filhos no colo e homens humildes iam, calmamente, cantando músicas religiosas, em direção ao czar. Cerca de 200 mil pessoas estavam reunidas em frente ao Palácio de Inverno, quando