Revolução heliocêntrica e o surgimento da ciência moderna
REVOLUÇÃO HELIOCÊNTRICA E O SURGIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA
Surgimento da Revolução Heliocêntrica Chamamos de “Revolução Heliocêntrica” ou “Revolução Copernicana” o período, que é iniciado pelo astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) no final do século XV e início do XVI. Caracterizado pelos estudos astronômicos que impulsionaram o desenvolvimento da Nova Astronomia. Nova, pois mudava a forma como o homem concebia o Universo que para ele era, até então, finito tendo a Terra como centro, daí a teoria do universo geocêntrico. A teoria do universo geocêntrico ou geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo que se conhece. Na Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão. Entre os filósofos que defendiam esta teoria, o mais conhecido era Aristóteles, mas foi o matemático e astrônomo grego Claudius Ptolomeu (83-161 d.C.) quem, na sua obra "Almagesto", deu a forma final a esta teoria afirmando que a Terra estaria parada no centro do Universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor. Essa visão predominou no pensamento humano até o resgate por Nicolau Copérnico da teoria heliocêntrica criada pelo astrônomo grego Aristarco de Samos (310-230 a.C.).
O Resgate O fato é que Copérnico ao elaborar um estudo sistemático para explicação do Universo – esse estudo é encontrado na sua obra “De revolutionibus orbium coelestium” (Da revolução de esferas celestes) – se baseia em outros pensadores que lhe proporcionaram uma estrutura de idéias que dava conta de explicá-lo de forma aparente. Lembremos que a visão do mundo aristotélica-ptolomaica, a aceita pela maioria das pessoas na época, atendia, essencialmente, a necessidade dos sentidos – algo para ser aceito, a sua acepção deveria entrar em lógica pelo uso dos sentidos. Seguindo a uma regra que tem origem em Platão, Copérnico estava tentando “salvar os fenômenos”, um desafio de reduzir dos complicados movimentos exibidos pelos corpos celestes