Revolução francesa e os direitos coletivos
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Revolução francesa: A conquista de direitos coletivos O século XVIII é, por muitas razões, um século decisivo na história que a humanidade construiu até hoje. Nele, muitos processos que tem origem ao final da idade média e no início da idade moderna (séculos XV e XVI), atingem o seu ponto culminante. Deles, a desintegração das monarquias absolutistas e de todas as estruturas que a sustentavam são destacados como os mais importantes. Nesse contexto, foi nas revoluções americana (1776) e francesa (1789) que todos os homens começaram a se afirmar como sujeitos dos seus direitos civis, processo que continua pelos séculos seguintes e chega aos nossos dias. O século XVIII foi útero de várias revoluções. A primeira delas foi a revolução iluminista, que ousou desafiar o pensamento tradicional, propondo a fundação de uma sociedade alicerçada não mais na providência divina (o velho direito divino dos reis) e sim na vontade coletiva do homem. Nesse sentido o século XVIII completa o trabalho das revoluções inglesas – a vontade torna-se algo compreensível, racional, produto de uma escolha humana. Ao propor a desintegração do Estado absolutista, filósofos como Locke, Montesquieu e Rousseau não se limitaram a crítica do velho modelo absolutista, mas a concepção de uma nova sociedade baseada na ideia de que os homens possuem direitos: vida, liberdade e propriedade (Locke), limitar o uso do poder pelas autoridades (Montesquieu) e o direito de decidir sobre os problemas que lhes afetam, em igualdade de condições (Rousseau). Contudo, as transformações no pensamento humano, transcorridas no século XVIII, não se limitaram aos sonhos iluministas. “É ainda no século XVIII que a ideia de felicidade nasce, não como uma conquista individual, mas como uma meta a ser alcançada pela coletividade. O homem só pôde pensar na felicidade como um projeto de sociedade, isto é, como uma possibilidade para todos os que nela vivem, quando criou os meios de fazer com que a educação, a produção de