Revolução Francesa e Análise de dois documentos desse período
A Revolução Francesa (1789-1799) é um símbolo da conquista de direitos, além de ser um marco divisório da História pois deu início a Idade Contemporânea. Seus princípios de “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau, propagados pelos iluministas influenciaram vários movimentos de independência, dentre elas a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, ambas no Brasil; a Revolução Haitiana.
Esse movimento está diretamente relacionado aos desdobramentos do Antigo Regime, período histórico anterior que corresponde à Idade Moderna que apresenta características econômicas, políticas e sociais particulares.
Durante o Antigo Regime, o Estado Francês era uma monarquia absolutista, sistema político e administrativo onde o rei concentra o poder Executivo, Legislativo e Judiciário. A política econômica adotada era o mercantilismo, conjunto de ideias econômicas que considerava a riqueza do Estado baseada na quantidade de capital que teriam guardado em seus cofres, o que significava a intervenção do Estado nas atividades econômicas, assim coerente com o absolutismo.
A sociedade francesa estava dividida em três estados ou ordens: Primeiro Estado: formado pelos bispos e abades, que pertenciam a nobreza (alto clero) e padres e monges, que tinham origem no Terceiro Estado (baixo clero);
Segundo Estado: formado pela nobreza cortesã (sobrevivia à custa do Estado, habitava no Palácio de Versalhes); nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior e se mantinha com as rendas dos feudos); nobreza de Toga (camada em que alguns juízes e altos funcionários burgueses conseguiam títulos nobres hereditários, cargos políticos e administrativos);
Terceiro Estado: formado pela burguesia, camponeses, e "sans-culottes", uma camada diversificada constituída por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que