Revoluçao Cubana
Crise do sistema neocolonial
O governo de Washington, preocupado pelos freqüentes transtornos políticos de sua neocolônia, havia desenhado uma política de verdadeira tutela, chamada diplomacia preventiva, que alcançou seu ponto culminante com a designação do general Enoch Crowder para supervisionar e fiscalizar ao governo de Alfredo Zayas (1921-1925), quarto presidente cubano, cuja administração sería cenário de transcendentais movimentos políticos;
O repúdio generalizado à ingerência norte-americana e a corrupção governamental deram lugar a diversas correntes de expressão das reivindicações nacionalistas e democráticas. O movimento estudantil manifestava um forte radicalismo que, estruturado no propósito de uma reforma universitária, extravasaria rapidamente o marco em que havia surgido para assumir francas projeções revolucionárias sobre a direção de Julio Antonio Mella
O movimento operário, cujas raízes se remontavam às décadas finais do século XIX, havia seguido também um curso ascendente – marcado pela greve dos aprendizes em 1902 e a da moeda em 1907 entre as mais importantes -,que mais tarde chegaram a constituir uma verdadeira investida devido a inflação gerada pela I Guerra Mundial.
O avanço ideológico e organizativo do proletariado, na qual se deixavam sentir os ecos da Revolução de Outubro na Rússia, cristalizaria na constituição de uma central operária nacional em 1925.
Coincidentemente, e como expressão da conjunção das correntes políticas mais radicais do movimento, personificadas em Mella e Carlos Baliño, se constituiria em Havana o primeiro Partido Comunista.
Os mal-estares político e social tinham causas muito profundas. A economia cubana havia crescido muito rapidamente