Revoltas
Em 1831 o imperador D. Pedro I abdicara da coroa do Brasil em nome de seu filho D. Pedro II, e viajara para a Europa com o objetivo de manter os direitos dinásticos de sua filha, Maria da Glória em Portugal.
Para garantir a manutenção do poder real, a Constituição definia a nomeação de uma Regência Trina. Descontentes com as decisões da corte no Rio de Janeiro, os grupos populares aproveitaram o momento de instabilidade política do período regencial para expor suas inquietações.
Num primeiro momento, a revolta foi capitaneada por proprietários de terras como Domingos Lourenço Torres Galindo e Manuel Afonso de Melo. Alguns participaram do levante de abril do mesmo ano em Recife, a “Abrilada”, defendendo a restauração de D. Pedro I ao trono do império. Esse grupo era vinculado à sociedade lusitana “Coluna do Trono do Altar”. O movimento sob comando de Vicente Ferreira de Paula, no entanto, rompeu as “alianças” com os senhores-de-engenho e transformou-se numa revolta antiescravagista.
A insurreição ocorreu na região que compreende o norte de Alagoas e o sul de Pernambuco e iniciou-se entre maio e junho de 1832, com os levantes de Antônio Timóteo de Andrade, em Panelas de Miranda, no agreste pernambucano, e João Batista de Araújo, na praia de Barra Grande, hoje povoado do município de Maragogi / AL.
Os rebeldes formados por índios, brancos e mestiços lavradores, moradores nas periferias dos engenhos, além de negros fugidos passaram a ser identificados como “cabanos”, em alusão às pequenas cabanas no meio do mato em que viviam.
Em 1834, D. Pedro I faleceu na Europa, o que acabou desanimando os cabanos a enfrentarem o governo. Os governadores das