Macroeconimia
O cenário internacional para 2012 apresenta-se à beira de uma recessão. As economias avançadas estão endividadas, em função do socorro necessário ao setor privado na crise de 2008, e não há consenso, na União Européia, em se resolver a crise da dívida soberana dos PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha), principalmente da Grécia. Existe um risco de nova crise no sistema financeiro já que os grandes bancos são os maiores credores dos países. O Banco Central Americano, em sua reunião, encerrada dia 21/09, enxerga riscos associados à instabilidade do sistema financeiro. Manteve a sua taxa básica de juros entre zero e 0,25 até meados de 2013.
As projeções para as economias avançadas apontam para a manutenção e baixo crescimento e desemprego. As medidas que serão tomadas na área da Europa, não devem ter como foco o combate à inflação, como era o discurso do Banco Central Europeu, e sim ao nível de desemprego. A China deve continuar como base de sustentação dos mercados de commodities, mas com meta de crescimento rebaixada se as economias da Europa e dos EUA entrarem em recessão, dado que uma política de estímulo, liderada por incentivos aos investimentos levam à inflação, bolhas de ativos e empréstimos podres no médio prazo. A expectativa sobre a economia chinesa é de crescimento um pouco abaixo do intervalo 9% - 10%.
Vale registrar ainda os conflitos em várias nações do Oriente Médio e da África. A elevação dos preços de matérias-primas, combustíveis e alimentos é fator detensão em nível mundial. Diante desse quadro, alguns países em desenvolvimento ganham destaque, notadamente os chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A dotação de recursos naturais, bem como a sua utilização de forma racional, ganha importância. O acidente nuclear no Japão, por sua vez, acirra o debate sobre as matrizes energéticas do futuro.
Produto Interno Bruto - PIB
A economia mundial deverá crescer 4,0% em 2012, e para a