Revolta dos mascates
A Guerra dos Mascates foi um conflito ocorrido no estado brasileiro de Pernambuco, entre 1710 e 1711.
O embate envolveu senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e comerciantes portugueses do Recife — chamados pejorativamente de mascates. Dependentes econômicamente dos comerciantes, junto a quem contraíram dívidas por causa da queda internacional do preço do açúcar, os proprietários pernambucanos não aceitaram a emancipação político-administrativa da cidade do Recife (que até então era uma comarca subordinada a Olinda). A emancipação de Recife só agravaria a situação dos fazendeiros diante da burguesia lusitana, que passaria a estar em igualdade política com os devedores.
Em fevereiro de 1710, pouco depois de receber a carta régia que eleva o povoado à condição de vila, os comerciantes inauguram o Pelourinho e a Câmara Municipal, separando o Recife de Olinda, a sede da capitania. A aristocracia rural pernambucana reagiu e atacou Recife sob a liderança de Bernardo Vieira de Melo e de Leonardo Bezerra Cavalcânti. O governador Sebastião de Castro Caldas Barbosa, ligado aos mascates, fugiu para a Bahia, deixando o governo da capitania com o bispo Manuel Álvares da Costa Claumann. Mas os mascates contra-atacaram em 1711, invadindo Olinda e provocando incêndios e destruição em vilas e fazendas próximas.
A nomeação de um novo governador e a atuação de tropas mandadas da Bahia puseram fim à guerra. A burguesia mercantil recebe o apoio da metrópole, e o Recife mantém sua autonomia. Mas o sentimento autonomista e antilusitano dos pernambucanos, que vinha desde a luta contra os holandeses, continua a manifestar-se em outros conflitos, como a Conspiração dos Suassuanas, a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador.
Guerra dos Mascates (1709-1711)
A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco e, aparentemente, foi um conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes do Recife. Estes