Revolta dos malês
O movimento envolveu cerca de 600 homens.
Em sua maioria, o grupo era composto por negros muçulmanos, em especial da etnia nagô, de língua iorubá. Vem daí o nome que a rebelião recebeu: Revolta dos Malês. A expressão "malê" provém de "imalê", que no idioma iorubá significa muçulmano.
O primeiro alvo foi a Câmara Municipal de Salvador.
- Líderes
Entre os líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim.
Juntos, conseguiram munição, armamentos e elaboraram um plano de luta contra os senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa.
No subsolo localizava-se uma prisão onde estava preso o velho Pacífico Licutan, um dos mais populares líderes malês.
Entretanto, o ataque à prisão não obteve sucesso, devido à reação conjunta dos carcereiros e da guarda do palácio do governo, situada na mesma praça (a atual praça Tomé de Sousa).
Esse primeiro grupo espalhou-se então pelas ruas da cidade, convocando os outros escravos a se unirem a eles.
-A revolta se expandio
Durante algumas horas, a revolta expandiu-se por diversas regiões de Salvador, traduzindo-se em confrontos violentos entre os revoltosos e as forças policiais.
Os malês foram duramente reprimidos e, afinal, vencidos.
Não se conhecem os planos dos revoltosos no caso de uma vitória do movimento.
-Prisões e mortes
Mais de 70 rebeldes e cerca de dez soldados morreram nos combates.
Dezesseis dos acusados pela revolta foram sentenciados à morte, mas, posteriormente, 12 deles conseguiram ter sua pena comutada.
Quatro foram executados no Campo da Pólvora, no dia 14 de maio de 1835, por um pelotão de fuzilamento.
Os outros malês receberam diversos tipos de punição: prisão simples, prisão com trabalho, açoite e deportação para a África.
O idoso Pacifico Licutan recebeu 1.200 chibatadas e outro condenado à mesma sentença morreu em decorrência disso.
-O medo de uma nova Revolta
Na época da revolta,