Revolta dos malês
O vocábulo “male” deriva da palavra da língua ioruba “imale” Considerados malês os negros mulçumanos que resistiram e reagiram à imposição do catolicismo Mantinham sua crença e cultura.
Bastante instruídos, por vezes [ até mais do que seus senhores ] os malês organizaram inúmeros levantes sendo o mais conhecido a Revolta dos Malês.
O MOVIMENTO
◊ A revolta dos Malês pode ser compreendida como um conflito que deflagrou oposição contra duas práticas comuns herdadas do sistema colonial português a escravidão e a intolerância religiosa.
□ Deslocamento do eixo econômico-administrativo do Brasil para a região sudeste;
□ Constantes crises da economia açucareira;
Sociedade baiana do período torna-se um sinônimo de atraso econômico e desigualdade socioeconômica.
Destaque às prescrições religiosas que incentivadas pelas autoridades locais promoveram a mobilização desse grupo étnico-religioso específico.
ESTOPIM
Anos antes da revolta, as autoridades policiais tinham proibido qualquer tipo de manifestação religiosa em Salvador.
Logo depois, a mesquita da “Vitória” – reduto dos negros muçulmanos – foi destruída e dois importantes chefes religiosos da região foram presos pelas autoridades.
Dessa maneira, os maleses começaram a arquitetar um motim programado para o dia 25 de janeiro de 1835.
O PLANO
Os revoltosos sairiam do bairro de Vitória (Salvador) e se reuniriam com outros grupos vindos de outras regiões da cidade.
Invadiriam os engenhos de açúcar e libertariam os escravos.
Arrecadaram dinheiro e compraram armas para os combates. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.
Proibição do Governo Circulação de mulçumanos no período da noite Práticas de cerimônias religiosas.
Festa religiosa Bonfim Esvaziar as ruas de Salvador Melhores condições para a deflagração do movimento.
Ainda nessa época [ conforme a tradição local ] os escravos ficariam livres da vigilância de seus