A contrução cientifica
O texto assume que a metodologia própria das ciências sociais seja a dialética, porque é mais capaz de aprender as particularidades da realidade social, tais como: historicidade, processualidade, ideologia, consciência histórica, dimensões qualitativas e identidades de contrários. Nem por isso se esconde o fato básico de que não pode existir uma única dialética. Pelo contrário, são muitas; e há até mesmo contraditórias.
No relacionamento com o objeto adota a óptica do "objeto construído", porque estabelece um contato dinâmico e fecundo entre o pesquisador e a realidade pesquisada. Não se fixa em campos exclusivos de pesquisa, principalmente da pesquisa empírica clássica. Reconhece, pelo menos, quatro gêneros de pesquisa: a teórica, a metodológica, a empírica e a prática.
O texto mostra ainda que a construção científica é também um fenômeno social e evidencia que a ideologia é parte integrante da ciência. Não coloca a possibilidade de a eliminar, mas a de controlar. Através de seu controle, é viável chegar a uma produção científica, na qual a parte científica predomina sobre a parte ideológica. Neste sentido, as posturas que se aferram à objetividade, além de deturpar o objeto das ciências sociais escamoteiam outras ideologias.
Por fim, para dar um toque de maior utilidade prática à metodologia, o autor forjou várias linhas de exercícios, através das quais o leitor poderá aprender a metodologia, não somente como um tipo de reflexão