Revolta Da Vacina
DOIS) A Revolta da Vacina foi uma resistência da população do Rio de Janeiro, mais especificamente dos mais pobres, contra a campanha de vacinação obrigatória de Varíola e outras epidemias. O movimento ocorreu no início do século XX, do dia 10 ao 19 de novembro de 1904. O Brasil havia recém proclamado sua primeira república. O país estava tecendo uma forma de governar do tipo presidencialista e fixou sua sede na então Capital Federal. A política de remodelação urbana do Rio, algum tempo antes da revolta, colocada pelo então presidente Rodrigues Alves, deixou a população que não era elite, insatisfeita. A mesma foi removida da zona central para as zonas periféricas. Aproveitando a fragilidade de opinião da massa e a ideia de que a vacina era algo inédito, a oposição usou a mídia contra o governo e direcionou as pessoas de forma que elas recusassem de imediato a política de vacinação assim que esta fosse divulgada. O movimento foi uma contestação ao que não se conhecia. A vacina iria trazer o bem, porém, o conhecimento a respeito dela era totalmente restrito.
QUATRO) A instalação de uma República no Brasil não foi tarefa fácil. Quem comandava a política era a elite, representada pelas famílias que enriqueceram no período do Império. A urbanização se dava numa capital dividida entre elite e povo. Dentro desse povo haviam os negros recém libertos, que, por decisões governamentais, foram remanejados para os morros em conjunto com as pessoas de similar condição social. O centro do Rio seria então re-adequado a padrões europeus. A pobreza dessa camada de excluídos era forte pois tudo se restringia tão somente à elite e não havia saneamento básico, desencadeando-se assim condições de saúde ultra precárias. A Primeira República já nascia de imediato sob um processo de desigualdade e injustiça social.
SETE) O Brasil atualmente conta com o Sistema Único de Saúde (SUS), que é uma política ousada e corajosa. Poucos países dispõe