Revolta da Vacina
DISCIPLINA: Educação em Saúde e Meio Ambiente – Estágio
Revolta da Vacina
No ano de 1904, o Rio de Janeiro que enfrentava um surto de varíola, foi palco de uma revolta contra a campanha de vacinação compulsória imposta pelo governo, a Revolta da Vacina. Dentre os principais fatores que levaram ao protesto da população, estão as profundas mudanças que a capital estava sofrendo desde o ano anterior, quando o governante Pereira Passos, com a meta de remodelar o perímetro urbano, que possuía milhares de habitações precárias, sem nenhum saneamento. Também pretendia colocar um fim nas diversas epidemias, que já afetavam a reputação da cidade. Para atingir seus objetivos, o governante passou a derrubar casebres e cortiços do centro, obrigando a população de baixa renda a morar em regiões afastadas.
Neste mesmo período, iniciava-se um programa de saneamento básico, comandado pelo chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, o médico sanitarista Osvaldo Cruz. Onde para erradicar a peste, espalhou raticidas pela cidade, e coordenou a remoção de lixo através de brigadas sanitárias que percorriam as ruas.
Porém, após o surto de varíola, de forma autoritária e violenta, decretou que toda população devesse ser vacinada. E fazendo o uso de força policial, passou a invadir as casas das pessoas e obriga-las a tomar a vacina.
Levando em consideração que a população já estava insatisfeita com as reformas urbanas. Antes das medidas tomadas, não foi realizado nenhum tipo de conscientização da população. Já que uma parcela significativa, não aceitava a ideia de receber a própria doença como vacina. Como os descendentes africanos, que de acordo com suas crenças não concordavam com a forma de combate da doença. Também existiam os que eram contra do agente de saúde tocar as partes íntimas de suas esposas e filhas. Para piorar a situação, os jornais e grupos opositores do governo, aproveitaram a oportunidade e passou mais medo a população.